sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Crônicas de Tandanun – O Chamado do Dragão

Ainda enfraquecido, o guerreiro se ergueu diante do dragão, cuja presença impunha tanto temor quanto reverência. As chamas que ardiam em seus olhos refletiam uma sabedoria ancestral.

— Teu sangue não é comum, humano — murmurou a criatura, em uma voz que ressoava como um trovão contido. — Há em ti a centelha dos antigos, e por isso foste poupado.

O guerreiro, atônito, não sabia se agradecia ou se temia. Contudo, algo dentro dele despertava — uma força adormecida, um chamado que vinha de eras esquecidas.

O dragão então ergueu uma de suas garras, revelando um antigo símbolo gravado no chão da caverna, iluminado por chamas azuis.

— Esta marca é teu destino. Segue-a, e encontrarás o verdadeiro poder que jaz além dos homens e das feras. Mas lembra-te: cada passo te levará mais fundo no abismo entre luz e sombra.

Com o coração em chamas e a mente em tormenta, o guerreiro aceitou o fardo. Pois sabia que dali em diante, sua jornada não seria apenas pela sobrevivência — mas pela própria essência de Tandanun.



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sábado, 23 de agosto de 2025

Crônicas de Tandanun – O Despertar do Guerreiro

Quando despertei, já estava totalmente curado. Sem minha armadura, deitava sobre uma pedra de mármore branco e polido, ao lado de um riacho cristalino.

O ambiente era calmo. O som dos pássaros e da água preenchia o ar como uma canção suave. Do lado de fora da caverna, percebi que estávamos no alto de uma montanha. O belo dragão que eu havia encontrado no campo de batalha repousava majestosamente junto à entrada, contemplando o horizonte.

— Já acordou, destemido guerreiro? — disse ele, sem desviar o olhar.

— Onde estamos? O que aconteceu comigo?

— Estamos em meu covil. Trouxe você para cá, curei suas feridas, limpei seu corpo e lhe dei descanso. Sua armadura é poderosa. Eu a consertei e a deixei ao seu lado.

— Obrigado... Mas por que fez tudo isso por mim?

— Já lhe disse: fiquei impressionado com sua bravura. Você enfrentou uma horda inteira de homens-lagarto sozinho.

— Mas por que me trouxe até aqui?

— Porque, assim como vocês, desprezo a raça dos homens-lagarto. Ver um guerreiro formidável como você alcançar tal feito me fez decidir que não poderia permitir que perecesse daquela maneira.

O dragão então se ergueu, abrindo suas asas com imponência.

— Aguarde aqui. Trarei comida para nós.

E, com um voo gracioso, deixou-me sozinho, à espera de seu retorno.



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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Crônicas de Tandanun – O Resgate do Último Guardião

Eu estava destruído.
Meu corpo coberto de sangue, cheio de ferimentos.
Foram horas de combate contra hordas de homens-lagarto. No fim, sobrevivi… infelizmente, sozinho.

Não sei como cheguei até aquela árvore.
Larguei minha espada e meu escudo, tirei o elmo e me deixei cair na sombra fresca que ela oferecia.
Ao fundo, a cidade ardia em chamas.

Não sei se por pura exaustão ou se já estava perdendo a consciência, mas não percebi o dragão se aproximando.

Mal conseguia abrir os olhos. Apenas sorri e disse:

— Eu não me importo. Estou exausto demais para me defender. Só me prometa que vai me matar rapidamente antes de me devorar.

O dragão pareceu surpreso. Sua voz ecoou distante em meus ouvidos:

— Não, não, não! Não vou te devorar. Na verdade… admiro sua bravura.

A última coisa de que me lembro foi sorrir para ele antes de apagar. Depois, senti meu corpo sendo carregado… e nada mais.



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sábado, 9 de agosto de 2025

Crônicas de Tandanun – A imensa beleza do mar

Acordei com o suave balançar do mar.

Abri os olhos, mas permaneci imóvel.

Acima de mim, um céu estrelado se estendia, coroado por uma imensa lua cheia. Nunca havia visto tantas estrelas brilhando ao mesmo tempo.

Sentei-me e percebi que estava em uma barca, perdida no meio do nada.

De repente, o mar se agita, e à minha frente algo começa a emergir.

Não consigo distinguir sua forma exata pela escuridão, mas é imensamente belo... e brilha como se carregasse um pedaço do próprio céu.



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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Crônicas de Tandanun – O Último Adeus

Houve dias de glória.

Costumávamos planejar nossas aventuras nas tavernas, entre boa música, canecas cheias e a presença de belas mulheres. Tudo era calculado: para onde iríamos, quanto arrecadaríamos e o que faríamos depois.

Era diversão. Era riso.

Mas imprevistos sempre acontecem.
Em um descuido, demos nosso primeiro adeus. Ele se foi sem sequer ter a chance de se despedir.

Ainda assim, não desanimamos.
Enfrentamos batalhas, monstros arrepiantes e gastamos mais do que devíamos.

Houve outras despedidas… e, quando restamos apenas nós dois, decidimos descansar.

Já na meia-idade, encontramos parceiras, criamos família e passamos boa parte da vida parados. Não fomos infelizes, claro… mas sempre que podíamos, íamos a uma taverna e relembrávamos as velhas aventuras. Era como reviver tudo outra vez.

Hoje, estou diante do seu túmulo, com os cabelos brancos e o rosto marcado pelo tempo. Sentado aqui, lembro-me de cada momento, de todos que partiram… e me despeço de você.

Este é o último adeus.

Eu, no entanto, sei que não terei nenhum de vocês sentado diante da minha lápide.
Nossas lembranças morrerão comigo.
E, no fim, não receberei adeus de nenhum de vocês, meus companheiros.



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