sábado, 28 de junho de 2025

Crônicas de Tandanun – O Poço no Coração do Castelo

Por fora, parecia apenas mais uma construção antiga, de pedra rude e muros cansados pelo tempo.
Nada indicava o que se escondia por trás daquela fachada comum. Nenhuma bandeira tremulava, nenhum som vazava pelas janelas. Apenas silêncio… e a curiosidade que me impulsionava a seguir em frente.

Empurrei a pesada porta de madeira, que se abriu com um rangido prolongado, como se resistisse à ideia de revelar o que guardava.

O que vi me fez hesitar.

Ali dentro, o mundo parecia outro.
O saguão principal era vasto, muito mais amplo do que o exterior sugeria — como se eu tivesse atravessado não uma porta, mas um véu entre dois mundos.

O chão era coberto por pedras polidas que refletiam a luz suave vinda de cristais presos nas paredes.
Logo à frente, um jardim pulsava com vida: samambaias altas, flores de cores incomuns, raízes grossas que desciam das colunas e se entrelaçavam no chão.

No lado esquerdo, uma cachoeira descia de uma fenda na pedra, jorrando com calma e formando um rio de águas cristalinas que cortava o salão.
Ele seguia seu curso atravessando a sala — e depois a parede oposta — como se a própria arquitetura fosse moldada para servir à natureza.

No centro de tudo, como o coração daquele lugar, havia um poço. Um poço largo, cercado por símbolos esculpidos na pedra — antigos, indecifráveis.
A água em seu interior era escura, mas perfeitamente imóvel, refletindo não o teto, mas… estrelas. Como se ali estivesse o céu de outro tempo.

Havia quatro portas — uma em cada parede. Todas fechadas. Todas me encarando de volta, como olhos de uma criatura adormecida.

A sensação era clara: o castelo não era apenas um lugar. Era um guardião. Um desafio. Um portal.

E agora que entrei… algo me diz que ele esperava por mim.



Leia Aventuras em Tandanun!


Muito obrigado por ler até aqui.
Até a próxima Crônica de Tandanun!





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Em breve, novidades!

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