À sombra dos Zigurates, contemplo o horizonte e sinto o peso de minhas ações. Sou Marduque, o conquistador das cidades malditas de Sodoma e Gomorra.
A ira dos céus desceu sobre aquelas cidades corruptas, e eu, como instrumento de julgamento, levei a destruição. Mas agora, no silêncio da Babilônia, questiono minhas escolhas.
A destruição trouxe justiça ou apenas mais dor? Os gritos de desespero daqueles que pereceram ecoam em meus sonhos. O que ganhei com a ruína das cidades?
As chamas devoraram a depravação, mas também consumiram vidas inocentes. A destruição foi a única resposta? Será que a punição cega é a solução?
Hoje, enquanto o rio Eufrates serpenteia tranquilamente, reflito sobre o que é ser um deus da justiça. Será que minha missão divina foi cumprida, ou apenas perpetuou o ciclo de sofrimento?
Oh, Babilônia, meu lar, minha grande obra. Deixo minhas dúvidas aos ventos do deserto, na esperança de encontrar respostas que guiem meu destino.
Que a paz retorne à Babilônia e que meu coração encontre serenidade nas areias do tempo.
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