terça-feira, 9 de setembro de 2025

Crônicas de Tandanun – Lua de Sangue

A lua cheia brilhava solitária no céu.
Em sua mão, a pedra ainda tingida de sangue pulsava como se respirasse.

Ele caminhava sem rumo, a visão turva, o corpo pesado. A cada passo, o peso da culpa o arrastava para o abismo. Quando finalmente caiu de joelhos, o mundo silenciou.

O assassinato do próprio irmão queimava-lhe a alma. Não restavam lágrimas para chorar, apenas a dor sufocante da perda.

— Você não terá perdão... entregue-se a mim.

A voz, suave e sedutora, ecoou em sua mente como o sussurro da própria noite. Atormentado, ele levou as mãos à cabeça, tentando arrancar aquela presença que o consumia.

Então, após um grito mudo, veio a calma.
Seus lábios se curvaram em um sorriso tênue.
Os olhos, agora prateados, refletiam a luz da lua.

Naquele instante, nasceu o primeiro servo da Rainha dos Condenados — destinado a uma eternidade sob a lua de sangue.



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Muito obrigado por ler até aqui.
Até a próxima Crônica de Tandanun!





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Em breve, novidades!

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