A lua cheia derramava seu primeiro brilho sobre as águas cristalinas e primordiais.
Seu reflexo cintilava, pulsante, enquanto uma névoa suave começava a se erguer, cobrindo lentamente o espelho líquido.
Das brumas, um delicado pé feminino tocou a superfície, suave e pálido como marfim.
Mãos graciosas acariciavam lábios exuberantes, negros como a noite sem estrelas.
Olhos prateados, cintilando como a própria lua, encaravam com uma sedução irresistível.
Seus cabelos lisos, tão negros e sedosos quanto a escuridão, deslizavam em cascata até cobrir um corpo voluptuoso, moldado pela perfeição do desejo.
A lua, fascinada, não resistiu à beleza que emergia das águas, e deixou-se aprisionar no reflexo dela.
E então, acima do reflexo prateado, ergueu-se a visão suprema: de braços abertos, pele alva como neve e olhos de prata ardendo sob o luar...
Assim surgiu a Rainha dos Condenados, soberana da noite, senhora do desejo e do abismo.
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Muito obrigado por ler até aqui.
Até a próxima Crônica de Tandanun!
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Em breve, novidades!
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